A filosofia dos armarinhos foi batizada numa conversa com um bom amigo, o escritor Milton Hatoum. Em uma de suas visitas à Santos investigávamos um pouco das nossas raízes árabes, aquela busca de tentar se conhecer um pouco no outro. No meio do papo veio a imagem dos nossos avós, postados atrás de seus balcões, proseando sobre qualquer assunto com os clientes que se animavam a invadir suas lojinhas. De chinelo de dedo a vassouras, passando por graxa de sapato e resistência de chuveiro, os antepassados se viravam bem rápido. Brinquei com o Milton e disse que éramos representantes desta filosofia. Não negamos uma missão e tentamos dar conta do que vai se empilhando nos nossos balcões.
Armarinhos era o nome dado a estes comércios que tinham um pouco de tudo, só não valia o cliente sair sem um dedo de prosa, parece até uma livraria.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)